quinta-feira, 30 de junho de 2011

Você é um profissional do futuro?

Ser um profissional do futuro é o grande desafio e a grande oportunidade do mundo digital. Mas o que é ser um profissional do futuro? Apesar das inúmeras receitas do mercado, a verdade é que não há fórmulas que garantam o sucesso. Há caminhos que podem ser seguidos. No entanto, o que encontrar ao fim de cada trilha, vai depender da essência de cada um: vontade, perseverança, lealdade, ética, espiritualidade, conhecimento, praticidade, criatividade e bom senso são um bom começo. Mas, isso não é tudo.

A conexão ao mundo digital é a expressão chave para designar o profissional do futuro. Lidar bem com as ferramentas de comunicação através da “rede”, saber usá-las no benefício da empresa e de seu auto-desenvolvimento, significa estar à frente da concorrência.

O profissional do futuro é um visionário. E a grande diferença entre profissionais comuns e os visionários está na capacidade destes de enxergarem que podem seguir além do horizonte e, a partir dessa visão, eles constróem o seu caminho passo a passo, administrando as interferências, mudando a rota, mudando de empresa, mudando de sonhos, mas sem nunca perder a essência do que um dia vislumbraram e acreditaram.

Os visionários não desistem de seus ideais. Eles têm o bom senso para redirecioná-los e para perceber aquilo que podem ou não mudar. Não dispersam sua energias em lutas por causas irreais.

Os visionários acreditam em uma deidade tanto quanto acreditam em si mesmos. Não esperam que os motivem; encontram um sentido especial em tudo que fazem.
Eles enxergam oportunidades em situações adversas; têm sorte e uma personalidade singular: nunca abaixam a cabeça – decididamente não nasceram para serem comandados; assumem seus erros e com isso aprendem mais rápido que os demais.

O profissional do futuro agrega valores tangíveis, intangíveis e constrói uma organização que aprende continuamente. Possui a sabedoria necessária para comandar sem dominar, para ser respeitado sem, necessariamente, precisar ser carismático. Ele incomoda muito porque estabelece padrões elevados de trabalho. Ele lidera porque consegue transmitir conhecimento, emoção e valor a cada desafio.

As habilidades técnicas são básicas e não diferenciam profissionais que estão em um mesmo patamar. Não preciso citá-las, não é mesmo? Quem não as tem está em desvantagem . É a essência, a grande diferença.

Ousadia é a marca do futuro desses profissionais, que devem ter reflexos rápidos às situações, agindo como se a empresa fosse sua. Eles não têm medo do desconhecido, do novo. Pelo contrário, isso os instiga a ir além dos seus limites. A sua crença em si mesmo torna os seus fardos mais leves e a sua glória digna. E por pensar e agir assim, o profissional do futuro vale ouro no mercado onde atua. Para segurá-lo, é preciso além de remuneração acima da média, que se definam alçadas para tomada de decisão e grandes desafios que o façam aprender e crescer continuamente. Caso contrário, o profissional do futuro será comum e, ser comum, é pouco para um visionário.

O profissional do futuro tem ambição, ética e uma boa dose de espiritualidade. É a espiritualidade que lhe traz a paz e a antevisão necessária para agir diante daquilo que não é perceptível a todos. Através dela ele aprende a humanizar-se. Isso traz-lhe a preocupação com a causa humanitária onde convergem interesses do papel da empresa social e ambiental, tornando a organização um instrumento maior, dentro do seu objetivo máximo de lucratividade e remuneração aos sócios.

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o próximo século não será dominado pelos céticos. A crença e as obras pela humanidade são marcas fundamentais para compor o profissional do futuro. Ele valoriza e preserva a natureza, preocupa-se com o seu ambiente familiar e social, além do profissional. Ele trabalha muito, mas não deixa de viver qualitativamente. E, para ter qualidade de vida, é condição “sine qua non” melhorar o ambiente em que vive. A forma de melhorar o mundo será peculiar a cada um, mas sempre culminará na caridade pelo próximo. Sem dúvida, para ser um profissional do futuro é preciso ser completo: espírito, família, social, técnico e comportamental. Se não tiver um dos aspectos, faltar-lhe-á aquilo que o homem independente do seu “status quo” persegue desde o início da humanidade: a sua felicidade.

A essência não está na perfeição e sim na busca insaciável por ela. Ora, é muito mais fácil e cômodo ser um profissional comum, sem grandes sonhos, ser cético, aético ou apenas um workaholic e viver uma felicidade virtual. Ser assim é pouco e muito pequeno para o profissional do futuro. O ser humano não tem limites mas, decididamente, ele é o retrato daquilo que pensa e acredita ser. A força que existe dentro de cada um é infinitamente maior do que imaginamos. O profissional do futuro sabe disso e usa como ferramenta estratégica, enquanto os demais amargam na mediocridade dos obstáculos, no medo em perder ou se preocupando com o brilho da estrela que não é dele, enquanto a sua está ofuscada.

Se você ainda não é um profissional do futuro, corra atrás do tempo perdido e aprenda a reaprender . Acredite em seu potencial, encontre o seu caminho e boa sorte !

Ah. Não se esqueça: No seu caminho, você encontrará várias estrelas; reconheça a sua e faça-a brilhar sem preocupar-se com aquelas que estão ao seu lado. Traga-as para junto de si nos momentos oportunos, aprenda e o seu brilho será tão forte ou maior que o delas. A intensidade dependerá da essência que está dentro de você !

Lília Barbosa Cozer
Sócia diretora da Cozer Connsultoria Capacitação e Desenvolvimento Empresarial
liliabarbosa@cozer.com.br

quarta-feira, 29 de junho de 2011

PLANEJAMENTO DE CARREIRA

Você já parou para pensar como está planejando a sua carreira? Assim como nas empresas também podemos elaborar a nossa gestão estratégica e pensar lá na frente da maneira certa. Afinal, se não pensarmos no futuro, alguém fará isso por nós, ou contra nós.



No livro Gestão Estratégica, o consultor e professor Eliezer Arantes da Costa explica algumas atitudes típicas das empresas. São modelos aplicáveis a nossa carreira que servem de reflexão para nós, conforme explica Katia Saisi, jornalista e mestre em Comunicação e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero.

A primeira atitude da lista é a tradicionalista. As empresas acreditam que fatores de antigamente também fazem sucesso nos dias de hoje, dessa forma acabam acomodadas. Há também as pragmáticas, que vivem em função do presente e de modismos. E ainda as otimistas ou pessimistas, que apostam num futuro certeiro (seja ele bom ou ruim), mas sem qualquer referência na realidade. Entretanto, segundo o consultor, o correto é pensar estrategicamente, ou seja, pensar no futuro que se quer e listar o que realmente pode ser feito agora. Não apenas almejar algo muito além, sem um plano concreto. É preciso construir o futuro desde já, a partir de onde queremos chegar. "É olhar o presente a partir da projeção do futuro desejado", explica o autor.

Para tanto, é necessário uma mentalidade estratégica. Isso implica não apenas em se apoiar no que vai acontecer daqui a um mês apenas em sua cidade ou entorno dela, mas sim, daqui a mais de dez anos em todo mundo. Claro que ninguém consegue adivinhar tudo! Assim seria muito fácil. Mas faça esse exercício, ele irá te ajudar a refletir melhor sobre a sua carreira.

Segundo Saisi, a grande dificuldade em pensar lá na frente está na nossa própria percepção. “Criamos barreiras mentais, principalmente por conta da nossa cultura tradicionalista. O próprio ditado popular "time que está ganhando não se mexe" comprova que somos avessos a mudanças. E não aproveitamos as oportunidades que passam a nossa frente”.

Costa cita em se livro um exemplo simples que ilustra bem essa questão. Quando vamos pegar um táxi, principalmente em dias chuvosos, apenas ficamos parados esperando que ele venha até nós. Por que não vamos até a esquina? Lá teremos duas direções e a oportunidade de encontrá-lo mais rápido, não é mesmo?

Gestão Estratégica
Eliezer Arantes da Costa - Da Empresa que Temos para a Empresa que Queremos
Editora Saraiva, 2007

Por Juliana Lopes